Startups na era da transformação digital

RESUMO: A transformação digital, nos dias atuais, se apresenta como uma condição essencial para que uma empresa consiga se manter bem-sucedida e crescer no mercado competitivo, devendo ser analisado: quais tecnologias digitais precisam ser implementadas, porquê e como, e que efeito isso tem em toda a empresa em termos de adaptação ao ambiente alterado. Contudo, a transformação digital não se refere apenas à passagem do analógico para o digital. O que está sendo transformado é a organização e os processos, os modelos de negócios e, finalmente, a cultura e o comportamento dos diversos atores. Em outras palavras: a transformação digital envolve entender a dinâmica da mudança digital, reconhecer e analisar as modificações e influências do próprio setor e empresa, definir os objetivos estratégicos e identificar as iniciativas e projetos que podem ajudar a empresa a se transformar. Dessa forma, os efeitos disruptivos da digitalização – que podem ser entendidos como novos conceitos, ideias e soluções inovadoras – afetam todas as áreas da vida e do trabalho, de forma que as organizações são cada vez mais obrigadas a enfrentar as mudanças radicais. Com todas essas questões em mente, este estudo tem como objetivo principal abordar as transformações digitais e seus efeitos disruptivos, dando destaque às empresas jovens, com ideias inovadoras, conhecidas como startups e seus “unicórnios” – startups avaliadas em pelo menos 1 bilhão de dólares.

INTRODUÇÃO

As mudanças da digitalização afetam todas as áreas de uma organização, pois por meio delas verifica-se uma clara diversificação no que diz respeito aos serviços oferecidos, aos processos necessários à prestação dos serviços, ao grau de interação entre a organização e o cliente e à gestão da organização como um todo. Além disso, a economia digital também tem um impacto significativo na estrutura, processos, habilidades e cultura da organização, sendo que esses fatores devem ser fundamentalmente estudados no curso da mudança transformadora, a fim de que a empresa consiga aproveitar as oportunidades oferecidas pelas possibilidades tecnológicas da digitalização e atender às diversas exigências da economia digital.

Com base nisso, entende-se que as tecnologias digitais, cujo poder computacional e capacidade de armazenamento estão em constante aperfeiçoamento, assim como outros fatores como o crescimento exponencial dos dados ou a propriedade recombinatória, contribuem significativamente para a implacabilidade da economia digital e seus efeitos disruptivos – como desenvolvimentos, tecnologias e processos – assegurando que novos tipos de serviços e modelos de negócios sejam desenvolvidos.

Dentre esses novos modelos de negócios, o presente estudo destaca as startups, que estão entrando no mercado e não mais apenas no setor de tecnologia. Elas têm taxas de crescimento enormes e uma estrutura ágil que lhes permite colocar produtos no mercado rapidamente e conquistar cada vez mais participação de mercado dos concorrentes tradicionais. Vale aqui mencionar que os pontos fortes das startups são estruturas digitais e modelos de negócios que integram a tecnologia à estrutura corporativa.

Assim, este estudo tem como objetivo principal abordar as transformações digitais e seus efeitos disruptivos, dando destaque às empresas jovens, com ideias inovadoras, conhecidas como startups e seus “unicórnios” – startups avaliadas em pelo menos 1 bilhão de dólares.

AS TRANSFORMAÇÕES DIGITAIS E SEUS EFEITOS DISRUPTIVOS

As empresas são confrontadas com vários desafios e oportunidades durante a transformação digital. E, mais do que nunca, está claro para todos que toda essa mudança tecnológica da era digital é inevitável para manter o sucesso no longo prazo, sendo que vários fatores externos e internos motivam ou mesmo forçam as empresas a enfrentar a transformação.

Os fatores internos incluem a melhoria da eficiência em relação aos processos de negócios e a obtenção de maior qualidade e consistência nas atividades operacionais. Essas áreas sempre estiveram sujeitas a mudanças, por isso precisam ser continuamente transformadas, uma vez que as tecnologias digitais permitem, por exemplo, uma melhor compreensão, uma utilização otimizada e uma melhor troca de dados. Novos modelos de negócios, parcerias e ecossistemas estão surgindo. Além disso, empregar nativos digitais leva a novas ideias. Esses fatores geralmente iniciam a mudança de sistemas desatualizados e processos ineficientes. Como resultado, novos modelos organizacionais e de colaboração estão sendo cada vez mais usados.

Os fatores externos abarcam o aumento da concorrência e a busca por novas maneiras de atender melhor às necessidades dos clientes e, assim, garantir a criação de valor sustentável. Devido à crescente digitalização, novas necessidades de clientes estão surgindo e novos concorrentes também. Grandes empresas com experiência digital (como Amazon ou Google) estão se aventurando em novos mercados e, com isso, startups são criadas perfeitamente adaptadas às novas necessidades (digitais) dos clientes. Esses fatores geralmente iniciam a mudança de sistemas desatualizados e processos ineficientes e como resultado, novos modelos organizacionais e de colaboração estão sendo cada vez mais usados.

Dessa forma, o que se percebe é que as empresas que querem se manter sustentáveis ​​devem se adaptar às mudanças e desenvolver sua própria estratégia digital. Como consequência, isso significa que as organizações devem rever seus próprios processos, serviços, cultura corporativa e o respectivo modelo de negócios no que diz respeito à transformação digital, bem como adaptar-se às condições estruturais de uma economia digital e em rede holística.

É importante aqui destacar que a transformação digital tem múltiplas vantagens, mas também exige mudanças consideráveis e envolve riscos que podem forçar as organizações a se envolverem em uma luta existencial, principalmente quando se trata de se posicionar em relação ao mundo digital e ao mercado de serviços digitais em crescimento exponencial.

Nesse contexto, a natureza radical dos efeitos da digitalização nos modelos de negócios existentes também é chamada de disrupção. As disrupções são caracterizadas como inicialmente subordinadas às tecnologias existentes em termos de funcionalidade e desempenho associado, mas oferecem capacidades progressivas que, por sua vez, permitem uma nova proposta de valor para o respectivo grupo-alvo. Devido ao crescente desenvolvimento dessas tecnologias, elas têm uma influência cada vez maior em uma significativa participação de mercado que antes era atendida por modelos de negócios clássicos. Portanto, tecnologias disruptivas podem deslocar modelos de negócios estabelecidos.

Muitas corporações subestimam a importância da disrupção para seu próprio modelo de negócios, bem como seus efeitos e o potencial da transformação digital dentro de sua própria organização. Para isso não aconteça, é primordial entender que produtos, serviços, processos, tecnologias e estruturas em particular estão expostos aos requisitos da mudança digital. As necessidades divergentes dos clientes, por exemplo, podem exigir que o leque de serviços seja ajustado ou os processos sejam otimizados para responder mais rapidamente à demanda. No entanto, para tornar isso possível, tecnologias individuais podem ter que ser substituídas ou implementadas novamente.

Também é necessário verificar se as estruturas organizacionais atendem aos requisitos da economia digital e levar em consideração o fato de que, no decorrer da mudança do modelo de negócios, ajustes nos sistemas de controle são necessários, por exemplo, com novas figuras-chave tornando-se relevantes para o sucesso da organização. Isso significa que mudanças em produtos, serviços ou processos exigem novos sistemas de planejamento e controle para calcular custos e receitas.

Enfim, há todas as mudanças que tenham impacto no comportamento dos funcionários ou nas relações sociais, já que qualquer processo disruptivo requer novas habilidades e competências, aumentando a necessidade de criar uma cultura dinâmica de inovação. Para desenvolver novos modelos de negócios, por exemplo, é necessário um processo de inovação criativa planejado para que os problemas dos clientes possam ser abordados de uma nova maneira com o novo modelo de negócios. Partindo deste pressuposto, é essencial identificar uma ideia de negócio realmente favorável, compatível com a necessidade e que tenha potencial para se posicionar com sucesso no mercado.

Portanto, cientes de que a transformação digital de cadeias de valor inteiras, produtos, serviços ou modelos de negócios oferece às organizações uma gama de opções para resolver os crescentes desafios da economia digital, os efeitos disruptivos devem ser previamente considerados. Porém, deve-se enfatizar que até o momento não existe uma panaceia universal para a implementação bem-sucedida de uma transformação digital, apesar de ser possível citar algumas implicações sobre as propriedades que são particularmente relevantes ao realizar processos de transformação digital. Esses processos de transformação são caracterizados em particular por um alto nível de complexidade e incerteza, ambidestria, canibalização e uma necessidade abrangente de recursos.

Além da complexidade já mencionada dentro da transformação digital, as organizações devem se perguntar como a empresa será gerenciada durante esse período de transição. Em uma transformação de modelo de negócios, geralmente existem um ou mais modelos de negócios em paralelo, o que, por sua vez, cria novos desafios para o processo como um todo. No início da transformação, haverá uma grande proporção de clientes que não se convencerão dos novos serviços e da promessa de benefícios e que gostariam de continuar a receber a oferta familiar. Partindo deste pressuposto, o modelo de negócio anterior continuará, portanto, a ser a principal fonte de receitas da organização. Isso também representará uma fonte essencial de financiamento para a organização durante todo o período do processo de transformação.

Portanto, leva muito tempo para migrar clientes do antigo para o novo modelo de negócios, e é por isso que o paralelismo entre os dois modelos de negócios é necessário. Esse estado também é referido na ciência como ambidestria e representa um desafio para a administração, tendo em vista que a ambidestria pode ser conceituada como a capacidade de abordar igualmente bem dois objetivos organizacionalmente incompatíveis.

Ao fazer isso, a administração deve se concentrar no projeto de duas atividades de negócios e esclarecer quanta atenção uma atividade de negócios recebe. Existe sempre o risco de uma atividade empresarial não ser suficientemente focada e, portanto, estar em perigo porque é negligenciada muito cedo ou se desenvolve muito lentamente. Além disso, o processo de transformação força toda a organização a desaprender a lógica e os procedimentos familiares do antigo modelo de negócios e aprender a lógica do novo modelo. Isso pode levar à sobrecarga do pessoal e, no pior dos casos, à discriminação ou mesmo à rejeição de atividades individuais. Assim sendo, especialmente ao desenvolver novas inovações que ocorrem fora das unidades conhecidas, uma abordagem sensível e colaborativa é necessária para gerar aceitação das inovações provocadas pela transformação digital.

AS STARTUPS E SUAS PARTICULARIDADES

Como visto, as leis da economia digital forçam as organizações estabelecidas a adquirir radicalmente inovações disruptivas para se distinguirem da concorrência no longo prazo. Com isso, novos players de mercado estão atacando o posicionamento econômico de negócios bem-sucedidos, através da criação de processos eficientes, e um foco máximo no cliente, serviços e produtos disruptivos são propagados. O setor financeiro também está cada vez mais exposto a esses desafios. Protegidos por barreiras na forma de requisitos regulatórios ou produtos complexos, os provedores de serviços financeiros também foram forçados a gerar inovações ou promover mudanças digitais.

Com isso, novas organizações, também conhecidas startups, estão revolucionando os modelos de negócios e ocupando suas interfaces com os clientes. Uma startup é uma empresa jovem estabelecida por um ou mais empreendedores para criar produtos ou serviços únicos e insubstituíveis. Tem como objetivo trazer inovação e construir ideias de forma rápida, fornecendo serviços ou produtos para um mercado existente e em crescimento. Além disso, uma startup se concentra no crescimento rápido em um mercado designado, começando como uma ideia e gradualmente se transformando em um produto, serviço ou plataforma viável.

As startups começam com custos altos e receitas limitadas. Além disso, elas não têm um modelo de negócios desenvolvido e carecem de capital adequado para passar para a próxima fase. Como resultado, essas empresas buscam financiamento de várias fontes, como capitalistas de risco, investidores anjos e bancos. Investidores ou credores podem oferecer fundos adicionais para uma participação nos lucros futuros e propriedade parcial. Muitas vezes, essas empresas usam o capital inicial para investir em pesquisa e desenvolver planos de negócios. A pesquisa os ajuda a determinar a demanda por um produto específico e um plano de negócios descreve as metas e estratégias de marketing da empresa.

Dentro da designação de startups, destacam-se as fintechs (empresas que desenvolvem produtos financeiros digitais); as edtech (organizações que criam soluções de softwares e hardwares para o segmento de educação); e insurtechs (empresas que apresentam a tecnologia por trás do desenvolvimento, negociação e distribuição de negócios do ramo de seguros).

É importante ressaltar que o surgimento dessas organizações aumenta a pressão sobre os provedores de serviços financeiros para gerar inovações em ciclos mais curtos. E, para dominar essa complexidade, o setor financeiro deve, portanto, se perguntar se os recursos e as habilidades são suficientes para sobreviver à mudança digital. Não é apenas importante proteger sua própria base de clientes do desgaste, mas também preparar toda a organização para os desafios da transformação digital. Para que isso ocorra, as organizações devem formar alianças com esses parceiros para se beneficiar de sua dinâmica de inovação.

Além disso, é preciso levar em conta que muitas startups recorrem à incubadoras e/ou aceleradoras. Incubadoras de startups funcionam de modo similar às incubadoras de bebês, ou seja, dando o suporte necessário para que a organização encontre as condições externas ideais rumo ao crescimento saudável. Por sua vez, as aceleradoras são outro modelo de apoio às startups. Elas focam em tornar os negócios lucrativos em um curto espaço de tempo, que é o intervalo de aceleração, fornecendo um suporte estruturado, que vai de mentoria com especialistas a acesso a mercados de investimento para startups.

Assim, enquanto uma incubadora visa à estruturação do negócio, uma aceleradora de startup direciona a operação para o crescimento acelerado em direção ao lucro. Por isso, o processo seletivo para ingressar em programas de aceleração é mais concorrido. Ele exige mais maturidade e estruturação por parte das startups e também é mais criterioso, já que os resultados da aceleradora estão diretamente ligados ao lucro obtido pela startup acelerada.

Vale aqui descrever que existem 6 tipos de startups, sendo eles:

  • Startups escaláveis. As empresas em um nicho de tecnologia geralmente pertencem a esse grupo. Como as empresas de tecnologia costumam ter grande potencial, elas podem acessar facilmente o mercado global. As empresas de tecnologia podem receber apoio financeiro de investidores e se transformar em empresas internacionais. Exemplos de tais startups incluem Google, Uber, Facebook e Twitter. Essas startups contratam os melhores trabalhadores e buscam investidores para impulsionar o desenvolvimento de suas ideias e escala.
  • Startups de pequenos negócios. Esses negócios são criados por pessoas comuns e são autofinanciados. Eles crescem em seu próprio ritmo e geralmente têm um bom site, mas não têm um aplicativo. Mercearias, cabeleireiros, padeiros e agências de viagens são exemplos perfeitos.
  • Startups de estilo de vida. As pessoas que têm hobbies e estão ansiosas para trabalhar em sua paixão podem criar uma startup de estilo de vida. Eles podem ganhar a vida fazendo o que amam. Exemplos de startups de estilo de vida são dançarinos que abrem ativamente escolas de dança online para ensinar crianças e adultos a dançar e ganham dinheiro com isso.
  • Startups compráveis. Na indústria de tecnologia e software, algumas pessoas projetam uma startup do zero para depois vendê-la para uma empresa maior. Gigantes como Amazon e Uber compram pequenas startups para desenvolvê-las ao longo do tempo e receber benefícios.
  • Iniciantes de grandes negócios. As grandes empresas têm uma vida útil finita, pois as preferências, tecnologias e concorrentes dos clientes mudam com o tempo. É por isso que as empresas devem estar prontas para se adaptar às novas condições. Como resultado, eles projetam produtos inovadores que podem satisfazer as necessidades dos clientes modernos.
  • Startups sociais. Essas startups existem apesar da crença geral de que o principal objetivo de todas as startups é ganhar dinheiro. Ainda existem empresas projetadas para fazer o bem para outras pessoas e são chamadas de startups sociais. Exemplos incluem instituições de caridade e organizações sem fins lucrativos que existem graças a doações. Por exemplo, a Code.org, uma organização sem fins lucrativos, incentiva alunos de escolas nos Estados Unidos a aprender ciência da computação.

Todos esses tipos de startups abrangem novas possibilidades aos seus desenvolvedores, permitindo um crescimento gradativo, uma vez que, aqueles que optam por abrir uma startup, apesar de terem muito trabalho, riscos e desafios a serem vencidos, são beneficiados porque contam com: horário flexível e possibilidade de trabalhar remotamente de qualquer parte do mundo; variedade de tarefas, tendo em vista que as oportunidades e desafios mudarão constantemente; ambiente criativo; crescimento profissional, devido a aquisição de habilidades e experiências em diferentes áreas funcionais; equipe amigável; e oportunidades de carreira.

Porém, alguns fatores que podem afetar as operações de uma startup incluem:

  • Localização: A localização de uma startup pode decidir seu sucesso e fracasso. Para iniciar as operações com eficácia, uma empresa decide se planeja conduzi-la online, offline ou em uma loja. A localização de uma startup depende dos produtos ou serviços que uma empresa oferece. Por exemplo, uma empresa de manteiga de amendoim totalmente natural pode precisar de uma loja física para oferecer aos clientes uma amostra de seu produto.
  • Estrutura legal: Entender a estrutura jurídica que melhor se adapta ao requisito organizacional é essencial para a construção de uma empresa de sucesso.
  • Financiamento: Para iniciar as operações de negócios, uma startup requer fundos. Eles podem fazer isso levantando capital de crowdfunding ou capitalista de risco. Os empreendedores podem criar uma página de crowdfunding, permitindo que as pessoas doem dinheiro. Eles podem até levantar dinheiro de capitalistas de risco e/ou se concentrar em empréstimos para pequenas empresas para crescer. Muitas vezes, para se qualificar e receber financiamento, uma empresa prepara um plano e uma estratégia de negócios detalhados.
  • Ideia realmente boa: Para obter sucesso, os empreendedores buscam produtos e serviços com grande demanda entre os clientes. Por isso é primordial analisar a demanda, as necessidades e desejos dos clientes e certificar-se de que as pessoas realmente precisam do produto/serviço que será ofertado, fazendo uma pesquisa de mercado e analisando os concorrentes.
  • Desenvolvimento de um plano de negócios: Ter uma ideia não é suficiente, pois o processo também requer um plano de negócios. Um plano de negócios é um documento que contém os objetivos de uma empresa e as formas de alcançá-los. Ele também inclui uma descrição do futuro do negócio e um esboço da estratégia de negócios. As estatísticas mostram que as pessoas com um plano conseguiram obter capital de investimento e desenvolver suas startups.
  • Escolher as pessoas certas: Principalmente para resolver os problemas, pode ser necessário obter uma ajuda adicional. No entanto, como as startups são empresas que costumam contar com equipes pequenas, escolher bem os funcionários é essencial.
  • Aprender a alavancar as técnicas de marketing digital: Uma startup pode ter um ótimo produto, mas não conseguirá promovê-lo sem várias técnicas de marketing como: SEO, marketing de conteúdo, marketing de mídia social, marketing por e-mail e PPC. É possível, também, aproveitar os métodos tradicionais, como publicidade impressa, televisão e rádio. No entanto, é mais útil se adaptar às novas tendências e usar o inbound marketing.
  • Criar uma base de clientes eficiente: Depois de desenvolver um site, aumentar a presença digital e se tornar um bom profissional de marketing, é hora de criar uma base de clientes, para fornecer aos consumidores uma experiência perfeita e incentivá-los a voltar. Para obter clientes recorrentes, é preciso fornecer produtos de alta qualidade e excelente atendimento e, nesse caso, o marketing de relacionamento é imprescindível e depende de uma boa base de dados.

Enfim, quando o assunto é startup, o que se percebe é que o mundo está mudando muito rapidamente, e inovações e novas ideias vêm para substituir as anteriores. Por conseguinte, as startups são o resultado de dar vida a novas ideias à medida que mudam a vida das pessoas, resolvem seus problemas e simplificam suas rotinas diárias. Por isso, a tendência dessas organizações embasadas na tecnologia é de crescimento contínuo, quando elas conseguem acompanhar a transformação digital.

EXEMPLOS DE SUCESSO DE STARTUPS DOS EUA E BRASIL

Em 2013, a investidora americana Aileen Lee cunhou o termo “unicórnios” para se referir a startups que valem pelo menos US$ 1 bilhão e apresentam três importantes requisitos, sendo eles: tecnologia, escalabilidade e crescimento acelerado. Desde então, o termo ganhou cada vez mais popularidade e, desde maio de 2017, o Brasil recebeu seus primeiros unicórnios brasileiros. Assim, de acordo com a StartupBase, o Brasil está entre os 10 países com mais startups valendo mais de US$ 1 bilhão. Contudo, os Estados Unidos, como mostrado à seguir, é o país com o maior número de startups unicórnios do mundo.

Fonte: https://blog.aaainovacao.com.br/unicornios-brasileiros/#:~:text=Startups%20mais%20valiosas%20do%20mundo&text=A%20maior%20empresa%20com%20valuation,avaliada%20em%20US%24%20140%20bilh%C3%B5es

Segundo a Forbes, dentre as startups americanas mais representativas, as empresas de energia em busca de soluções de energia sustentável dominaram o topo da lista, enquanto uma ampla gama de indústrias – muito além dos setores tradicionais de tecnologia e software – ficam entre as empresas mais bem avaliadas. Os primeiros lugares são apresentados abaixo:

Fonte: https://www.forbes.com/lists/americas-best-startup-employers/?sh=62efa1582ad7

Por sua vez, analisando as startups unicórnio brasileiras, é possível citar:

1. 99 Taxi

2. Nubank

3. PagSeguro

4. Arco Educação

5. Stone

6. Movile – controla o IFood, o Apontador e a Sympla, entre outras.

7. Gympass

8. Loggi

9. Quinto Andar

10. Ebanx

Enfim, analisando mundialmente, a empresa de IA Bytedance é a startup de maior valuation atualmente. Ela é a empresa-mãe do TikTok, que é considerada uma das mais promissoras do mundo e é avaliada em US$ 140 bilhões. Ocupando a segunda posição, está a startup SpaceX de Elon Musk, que é avaliada em US$ 100.3 bilhões na lista de unicórnios. Em seguida, está a startup Stripe que foi avaliada em torno de US $ 95 bilhões; e em quarto lugar a empresa Klarna de Estocolmo/Suécia avaliada em US$45.6 bi.

Para orgulho dos brasileiros, em 2020, dentre as startups mais valorizadas do mundo, foi apontada a fintech brasileira Nubank com o valuation de 25 U$ bilhões. Contudo, o Nubank deixou de fazer parte da lista de startups unicórnio em 2021, por possuir abertura de IPO, tornando-se uma empresa de capital aberto.

Fonte: https://blog.aaainovacao.com.br/unicornios-brasileiros/#:~:text=Startups%20mais%20valiosas%20do%20mundo&text=A%20maior%20empresa%20com%20valuation,avaliada%20em%20US%24%20140%20bilh%C3%B5es

Por isso, a empresa Epic Games dos Estados Unidos, avaliada em US$42 bi foi colocada em 5º lugar em 2022.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não há dúvidas de que a transformação digital tem sido a palavra de ordem dos últimos anos. Nem sempre é claro o que se quer dizer quando as pessoas falam sobre transformação digital, mas o importante é saber que ela ocorre onde as estruturas existentes são digitalizadas ou novas estruturas digitais são criadas. Isso também inclui mudanças nas estruturas digitais e automatizadas de vendas e marketing; novos tipos de fidelização de clientes, suporte e serviço; e novos produtos, serviços e modelos de negócio; sendo que tais transformações podem ser bem complexas até mesmo para empresas que já estão há muito tempo no ramo.

No entanto, a inovação técnica é apenas um dos desafios, pois especialmente para as pequenas e médias empresa, torna-se bem difícil lidar com os participantes do mercado que já têm a digitalização em seu DNA, ou seja, as startups, afinal, trata-se de empresas ágeis em sua estrutura, que costumam dispor de capital para investir e pessoal qualificado para moldar a mudança; e que desenvolvem produtos usando tecnologia inovadora ou que resolvem um problema existente de forma inovadora.

Nesse contexto, entende-se que muitas startups (ainda) não têm nenhum produto à venda e, portanto, nenhuma receita. Da mesma forma, não há regras fixas sobre quando uma startup não é mais considerada uma startup. Alguns sugerem que uma startup deixa de ser uma quando atinge um determinado tamanho, é lucrativa, recebe um alto nível de financiamento de investimento, abre o capital ou é adquirida por uma empresa maior. Contudo, isso vai depender muito da gestão econômica do país, formas de classificação das empresas, categorias, etc.

O fundador da startup geralmente lidera o desenvolvimento do produto e atua como líder de negócios. Ele ou ela geralmente se concentra em expandir o negócio antes de obter lucro. Portanto, o valor de uma startup não reflete necessariamente a receita real que ela gera nesses primeiros anos. Em vez disso, os executivos e investidores da empresa poderiam estimar o valor potencial da empresa com base nos lucros esperados, sendo que, como mencionado nesse estudo, as startups avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais são chamadas de unicórnios.

Nem todas as novas empresas são consideradas startups. Empresas com potencial de crescimento limitado em termos de base de clientes, receita e produto não são consideradas startups. Além disso, uma startup tem compromisso com a inovação e a disposição de assumir riscos e tomar decisões rapidamente. Assim, conclui-se que as startups são frequentemente elogiadas por seu potencial de revolucionar indústrias e trazer novos processos e produtos ao mercado, bem como por seu espírito inovador e cultura de trabalho envolvente. Contudo, o modelo vende a ideia mítica de que qualquer um pode começar com uma invenção, trabalhar duro e enriquecer enquanto ainda torna o mundo um lugar melhor, e essa imagem idealista muitas vezes não corresponde à realidade.

Hierarquias planas e poucos funcionários também significam que o ambiente de trabalho depende em grande parte das relações pessoais entre os funcionários – e muitas vezes sob grande pressão econômica. Para funcionários com famílias ou outras necessidades especiais, isso pode ser ainda mais difícil. Muitos funcionários de startups reclamam de horas extras excessivas, salários baixos e expectativas excessivas. Isso acontece principalmente quando o fundador da startup não consegue aceitar que um funcionário não encare um projeto com a mesma paixão e dedicação que ele, cujo capital próprio e ego dependem do sucesso da empresa.

REFERÊNCIAS

https://startupsmagazine.co.uk/article-top-digital-transformation-startups-2020
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/237779
https://www.santander.com/en/stories/what-is-a-startup
https://sendpulse.com/support/glossary/startup
https://transformacaodigital.com/o-que-e-transformacao-digital/
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